quinta-feira, 26 de maio de 2011

Voz


Sou do tipo de mulher que não suporta mentiras,
Das que não caem na rotina,
Não suportam a agonia de esperar que os outros façam por mim.

Sou daquelas que adoram um elogio,
Das que amam um carinho.

Daquelas que se orgulham do que tem, e  algumas vezes se envergonham do que disseram ou do  que fizeram...

 Mas acima de tudo, sou eu a minha própria voz.

...


Ah insensato menino de olhos cor de reboco.
O que fazes para manter-te tão imperfeitamente perfeito aos olhos de todas aquelas que passam à lhe fitar, à lhe desejar como chocolate em dias de TPM?

insensatez.

Ah insensata razão!
Insensata discordância.
Insensata opinião.
Tamanha insensatez.

Sussurro, ruído constante.


O que passa junto à este vento que sussurra ao meu ouvido?
Seria ponta de maldade, seria alguma cumplicidade?
Não sei ao certo.
Talvez eu mesma no fundo de mim queira o que é certo.
Quero o calor, quero despertar a maldade deste sussurrar...

Gente que há.


enjoada de gente chata,
Gente que se acha,
Gente que se faz de gente,
Gente que não tem um pingo de moral.
Gente que sei lá o que há.
Não me interessa esta gente que nada sabe, pois faz tempo que talvez eu não quero acreditar neste tipo de gente  que não tem um pingo de respeito  à dar...

Partes de mim.

E se você não tiver coragem de dizer adeus, eu lhe reforço as suas asas com um novo par; lhe dou um empurrão no alto da colina, lhe desejo as melhores coisas...
Voando, vc torce o pescoço em minha direção e fita-me com um olhar de agradecimento...
... Agora sou eu quem não posso voar, pois lhe dei as minhas asas...

Por Paula Binatti